O colostro das fêmeas pode ser considerado a primeira vacina natural do suíno e, quanto antes fornecido, maior a eficácia e os benefícios ao longo da vida dos leitões. Quanto maior a sua ingestão nas primeiras horas de vida dos leitões maior será a quantidade de anticorpos obtida. Por isso, estimular o aumento do colostro nas fêmeas é um fator que pode ajudar no desenvolvimento da leitegada.
Necessidade nutricional na gestação suína
Durante, principalmente as últimas semana de gestação, é possível adaptar a dieta da fêmea para garantir estimular o colostro. Para isso, é importante discutir com o nutricionista ou técnico da granja quais as melhores estratégias para se fornecer esses nutrientes de maneira adequada, visando melhorar a produção de colostro.
O programa alimentar na última semana também é de suma importância. No passado, se trabalhava muito a ideia de que excesso de ração no final da gestação iria fazer com que as fêmeas entrassem em constipação e isso atrapalharia o parto e aumentaria o número de natimortos.
Ao contrário disso, segundo o Embrapa Suínos e Aves, se tem observado que é necessário que a fêmea esteja alimentada, principalmente antes do parto. É recomendado evitar o jejum pré-parto, a porca deve ser alimentada até seis horas antes do parto. Garantindo assim que o nível de glicose circulante esteja adequado e como consequência tendo um bom trabalho de parto.
Observar o escore corporal das fêmeas suínas
Esse é um fator muito importante, pois os excessos podem atrapalhar. Fêmeas gordas tem maior pré-disposição para uma menor produção de leite. Aliado a isso, apresenta problemas no parto, aumentando o muito o número de natimortos e a diminuindo a vitalidade da leitegada.
Por outro lado, se a fêmea chegar muito magra no momento do parto ela terá dificuldade de fazer mobilização de tecido corporal para canalizar esses nutrientes para produção de colostro.
Estimular as glândulas mamárias para estimular colostro suíno
A orientação da mamada e o estímulo de todas as tetas é fundamental para que, principalmente no parto subsequente, essa glândula mamária tenha uma produção de colostro suficiente.
Existem trabalhos do Embrapa Suínos e Aves onde foram testados bloqueios em algumas tetas e isso reduziu drasticamente a produção de colostro nas tetas que não foram estimuladas no primeiro parto, principalmente em porcas de primeira parição.