Redução de peso, diarreia e desidratação, são alguns sintomas que podem acometer os suínos com coccidiose. A doença afeta principalmente os leitões, entre 5 e 15 dias de idade e é amplamente disseminada na suinocultura em nível mundial sendo responsável por importantes perdas produtivas.

Causada pelo Cystoisospora suis um protozoário da família Eimerridae, tem uma pressão de infecção elevada, pois uma vez introduzida na granja torna-se endêmica. Seu impacto econômico não se deve só às mortes de leitões, mas principalmente aos impactos negativos sobre o desenvolvimento, surgimento de refugos e aos gastos com medicamentos para seu controle. A imunodepressão causada por esta doença abre portas para outros agentes, agravando ainda mais o quadro clínico.

A doença apresenta estágios de desenvolvimento tanto no hospedeiro quanto no ambiente. No animal, o órgão mais afetado é o intestino delgado. Os estágios de desenvolvimento produzem um ovo microscópico, denominado oocisto, que é eliminado nas fezes e sob condições adequadas de temperatura, umidade e oxigênio se desenvolvem dentro de aproximadamente três dias se tornam esporulados, os quais são responsáveis por acometer outros animais.

Os oocistos da parasitose são resistentes e podem permanecer no ambiente por vários meses, remanescentes de leitegadas anteriores ou sendo carreados de outros ambientes por meio de insetos, roedores ou pessoas. Apesar de apresentar baixos índices de mortalidade, a patologia afeta drasticamente o desempenho dos animais, pois como prejudica a absorção de nutrientes causa acentuada redução do ganho de peso.

Prevenção e tratamento da coccidiose

O tratamento de leitões que estejam apresentando sinais clínicos não é muito eficiente, pois nesses casos o ciclo de vida do parasita está avançado e as lesões na mucosa intestinal já ocorreram.

Para minimizar as perdas e não sofrer prejuízos econômicos em sua criação, consulte um médico veterinário que indicará um medicamento anticoccidiano, cuja aplicação será feita em leitões nos primeiros dias de vida. Dentre os medicamentos mais eficientes está o toltrazuril. Ele impede que o protozoário se espalhe pelo organismo dos leitões, reduzindo o processo de infecção e aliviando a diarreia.

Por se tratar de uma doença extremamente contagiosa o controle da coccidiose engloba o investimento em medidas de biosseguridade, como a boa higiene e desinfecção do ambiente, bem como o tratamento proativo dos animais infectados.

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