O colostro pode ser considerado a primeira vacina do suíno. Esse primeiro leite é um nobre produto da glândula mamária, rico em proteínas e distribuído uniformemente em abundância pelas mamas e mamilos durante e pós-parto.

Durante o parto, é fundamental que o leitão mame o colostro, pois ele nasce praticamente sem imunidade, já que a placenta da fêmea suína não permite a transferência de anticorpos para os fetos durante a gestação.

A ingestão de colostro precisa ocorrer uniformemente na leitegada, o que só é possível acompanhando a mamada logo após o nascimento. Deve-se fazer com que os leitões tenham a ingestão da maior quantidade possível nas primeiras seis horas de vida – período de maior concentração de anticorpos no colostro e maior absorção pelo intestino do leitão.

Nas leitegadas grandes, o ideal é assegurar que os primeiros 8 a 10 leitões nascidos mamem o colostro, e após isso, marca-los com um pincel. Na sequência do transcorrer do parto, os primeiros serão fechados no escamoteador, mantendo no máximo dez leitões mamando até o término. Dessa forma, evita-se disputa por tetos e garante-se uma melhor ingestão de colostro em 100% dos leitões, inclusive nos que nascem por último.

Além da imunidade passiva, o colostro tem a função de prover energia por meio de proteínas, gorduras e carboidratos auxiliando o metabolismo fisiológico do recém-nascido. A quantidade do colostro ingerida nas primeiras horas de vida, garante a saúde sobrevivência e o desempenho do leitão.

 

Cuidados com os leitões recém nascidos

Também é fundamental o adequado atendimento ao neonato (que envolve secagem, massagem, desobstrução de vias respiratórias e ativação do sistema circulatório), permitindo que ele tenha energia para tomar o colostro. E não é só ao momento da primeira amamentação que os suinocultores devem redobrar sua atenção. O cuidado deve prevalecer durante todo o período da maternidade, que dura 21 dias até que o leitão seja desmamado e siga para a creche.

Entre os cuidados essenciais dessa fase estão o manejo adequado do escamoteador, corte e cauterização da cauda, desgaste dos dentes, aplicação de ferro, uniformização da leitegada, fornecimento de fontes adicionais de energia e castração. O manejo eficiente nesses 21 dias, começando com a vacinação das mães para garantir o suprimento de anticorpos aos leitões, via colostro, influenciarão sobremaneira na eficiência da granja.